9 de agosto de 2010
ATO ANALÍTICO PARTICIPA DO I CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE A CRIANÇA E O ADOLESCENTE - 15 A 17 JULHO 2010 - BA
2 de agosto de 2010
ATO ANALÍTICO PARTICIPA DE MESA REDONDA NO I CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE A CRIANÇA E O ADOLESCENTE - 15 A 17 JULHO 2010 - BA
1 de agosto de 2010
I CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE A CRIANÇA E O ADOLESCENTE: CLÍNICA, PESQUISA E CULTURA - Santa Cruz de Cabrália - 15 a 17 de julho de 2010
O psicanalista Alfredo Jerusalinsky ministrou curso pré-congresso intitulado "O que podemos dizer sobre a etiologia do autismo?", introduzindo sua apresentação fazendo uma retomada histórica do conceito de autismo, entrelaçado a uma visão positivista da ciência. Tal visão dá bases para a concepção do autismo dentro da perspectiva da defectologia, que aponta para um funcionamento defeituoso de caráter anátomo-fisiológico nos psicóticos, deficientes mentais, etc. Durante o Séc. XX, pode-se considerar que os autistas foram "órfãos" da teoria psicanalítica, pois eram considerados como fazendo parte das psicoses até a década de 70, quando passou a ser considerado como uma quarta estrutura, e somente na decada de 90 ganhou o status de um quadro próprio, separado de outros.
26 de julho de 2010
I CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE A CRIANÇA E O ADOLESCENTE:CLÍNICA, PESQUISA E CULTURA - Santa Cruz de Cabrália-BA - 15 a 17 de julho de 2010
Na conferência do dia 15 de julho, a psicanalista Marie Christine Laznik discorreu sobre o tema: “Tratamento conjunto pais – bebê em um caso de depressão materna”, através da apresentação em vídeo de seu atendimento clínico ao bebê romeno Lucca, realizado em conjunto: do bebê com a mãe, ora com a mãe e o pai, ora com o irmão mais velho de Lucca , ora também com a avó materna do bebê .
Lucca foi encaminhado para o atendimento com a Dra. Laznik aos 2 meses de idade; até então não olhava, e sua mãe apresentava um quadro depressivo compartilhado com seu bebê.
De acordo com Laznik, há na história de Lucca um real traumático que se repete em três gerações.
A história da avó materna de Lucca é marcada pela morte de seu primeiro filho ainda bebê e, diante de qualquer choro do bebê, objeto de gozo doloroso, há um prenúncio de morte.
A mãe de Lucca, por sua vez, sustenta “o mais de gozar de sua própria mãe” quando, diante do choro do seu filho, se apavora, encaminhando-o para ao atendimento de emergência.
O primeiro filho dos pais de Lucca, que morreu de uma doença neurológica causada por desnutrição, não pode ser velado por seus pais, e este luto permaneceu encoberto como não dito e não elaborado.
Lucca ocupa este lugar do irmão morto e não é olhado pelos seus pais.
Como não ser um puro fantasma do bebê morto?
Laznik em suas intervenções faz um trabalho de intérprete, ao restituir à mãe o valor de ato daquilo que seu filho acaba de fazer, pois se o sujeito é hipótese do Outro, a função do psicanalista é ajudar a restaurar o Outro materno. Assim, a psicanalista fala com Lucca, pois “..fala somente é fala à medida exata que alguém acredita nela”, conforme afirma Lacan - O seminário-livro 1, dando voz e sentido ao choro ou qualquer manifestação daquele bebê. Cortes que vem operar na massa sonora escutada e que precipitam uma significação, restituindo um sentido ao bebê, em detrimento de tantos outros.
No decorrer do trabalho com a psicanalista, a mãe reencontra a capacidade de falar com seu bebê. Certas formas de depressão materna podem impedir a mãe de ter esta competência.
Graças a uma identificação em espelho com a analista, a mãe reencontra uma imagem valorizada de seu filho, e rapidamente corporifica o fato de crer que os enunciados da criança constituem uma mensagem.
Ao entrar com a função paterna, incluindo o pai no jogo, retira a repetição do traumático, rompendo-a.
Após um ano e meio de atendimento, Lucca já mostra no jogo a incorporação de seu mundo representacional internalizado, livre de distúrbios psíquicos mais graves.
6 de junho de 2010
OUTROS MAUS-TRATOS
18 de abril de 2010
SAÚDE MENTAL
19 de março de 2010
O que chamamos de normalidade hoje?
8 de março de 2010
O Dia Internacional da Mulher e as Manchetes do Dia
1)Pela primeira vez na história da premiação do Oscar ,o prêmio de melhor direção é para uma mulher, e que ,como também salienta a jornalista, um de seus concorrentes é seu ex-marido.
2)Dados estatísticos demonstram queda no índice de mães adolescentes.
3) Policial resgata crianças deixadas sozinhas em casa situada em favela ,enquanto suas mães vão ao forró,fato que recebeu o comentário indignado da jornalista de que" criança não é brinquedo".
Comemorar e louvar a condição da mulher nestes moldes do politicamente correto e de propostas higienistas ,parece só mascarar o que ainda está encoberto .
Se o lugar da mulher em nossa atualidade é na condição de que seus "direitos são iguais",caberia ser salientado que a diretora premiada concorria com seu ex -marido ?Será este seu mérito? Poderemos então concluir que "a guerra dos sexos "continua ?
As estatísticas também já demonstraram que a gravidez na adolescência não é exclusiva da condição de falta de informação sobre métodos contraceptivos ,mas sim que ,a maioria das jovens mães tem nesta situação um modo de serem reconhecidas e valorizadas pelo mundo adulto.Pois na sua condição de "sem lugar ",não são mais crianças, mas também são inaptas para ingressar no mundo adulto ,se fazem "mães".Aliás ,lugar que sempre definiu a mulher :esposa e mãe ,até sua emancipação.
A denuncia do abandono de crianças sensibiliza a todos ,visto que a condição que é necessária para uma mulher exercer a função de mãe ,é que, nela habite um desejo ,o desejo de ter filho, que lhe possibilita acolher e oferecer todos os cuidados amorosos que uma criança solicita.
Esta é a condição de sua feminilidade,solução do Édipo que a determina,na pura diferença. Contudo não é esta a sua única solução-ter filhos - pois na sua condição de sujeito de desejo,a mulher com a sua emancipação pôde conquistar inúmeras soluções.
Porém na atualidade as soluções ofertadas parecem impor a todos ,exigencias de eficiência e de tudo poder gozar ,numa proposta ilusória de que o impossível será possível ,desde que nos rendamos à condição de tudo consumir .Se todos somos reféns deste imperativo ,o que dizer das mães da favela?