Em nenhum outro momento da história a adolescência provocou tanto fascínio e temor ao mesmo tempo. Os altos índices de violência, de suicídio, de abuso de drogas e de transgressões sociais dentre os jovens nos convocam a refletir ao menos sobre algumas questões. A concepção de adolescência como uma fase evolutiva universal, sustentada numa fundamentação psicobiogenética é suficiente para compreendermos o que se convencionou chamar “a crise da adolescência”?
Para a psicanálise, a experiência do adolescente consiste numa travessia que o leva a buscar um lugar próprio no mundo e construir um projeto individual ancorado no universo social. Diante de constantes transformações sociais e culturais, que referências simbólicas são oferecidas ao jovem para seu enfrentamento desta passagem?
Presenciamos impasses e avanços de uma juventude que se vê desamparada diante dos ideais sociais construídos e mantidos por uma sociedade que já não lhe indica mais o lugar que deva ocupar, mas, deixando-o sem referências, sem bússolas e com mapas queimados, indica-lhe apenas que ele próprio deva buscar seu caminho e seu lugar no mundo.
O que esperar de jovens que vivem numa total liberdade de escolhas, mas ao preço de uma solidão absoluta?
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Valéria Codato Antonio Silva
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