20 de fevereiro de 2012

Tempo ,dor e trabalho de parto

Os  nascimentos por parto cesário chegou a 52%,passando os partos normais e colocando o Brasil ,em 2010, como recordista mundial em nascimentos cirúrgicos.Este fato levou o Ministério da Saúde a promover uma pesquisa com o objetivo de investigar o que tem levado a mulher a fazer esta escolha .
Vale considerar que  a  "dor do trabalho de parto" e as  mudanças no corpo  que uma gestação exige ,na cultura atual ,ganham um caráter negativo,diante do " imperativo da felicidade" e da "beleza".E que ser "bela " e "feliz" são itens que devem constar no currículo de toda mulher moderna, numa constância que se conjuga em todos os tempos do verbo,era ,sou e serei,de forma ininterrupto e fixada a padrões pré estabelecidos ,aos moldes das capas das  revistas.
É comum ouvir das puérperas queixas com dúvidas e medos sobre a forma juvenil perdida .Parece que o bebê que pode ser acolhido em seus braços e preencher todas suas faltas ,se mostra insuficiente .Seu olhar  se volta  para si mesma,e este quando não lhe devolve a imagem da perfeição da capa da revista, é motivadora de conflitos que muitas vezes as levam a impedimentos  tais ,que inviabilizam  a realização da função materna,  própria deste momento .Função esta que só se realiza ,se a mulher toma seu bebê como espelho e neste nada lhe parece faltar.
Acrescenta se aqui, no discurso contemporâneo  com a referência ao "tempo real", que dispensa o essencial da vida de cada um , sua história particular e única.
Sustentado por esta vivencia ,todos se colocam em uma roda viva ,em  que, o que  é necessário ter seu tempo próprio,recebe um forçamento para ser enquadrado em agendamentos previsíveis ,incluindo aqui o nascimento de um bebê .
A "dor ",que exige ser suportada, e o "trabalho" , que exige tempo, toma dimensões surreais, por estarmos todos  inseridos nesta lógica.
E neste contexto ,existe a possibilidade de um escolha,seja da mulher ou do médico?
Há que se considerar que uma escolha é sempre conflitante ,conflito exige tempo para considerações. E,neste nosso tempo presente, não há tempo para isso.

***A experiência do nascimento de um filho é única e  inominável.Experiência que ,há que
 ser vivida.Se é este seu estatuto, não estariam as imagens exibidas nas campanhas de incentivo ao parto normal  produzindo um efeito contrário ao proposto?

4 de fevereiro de 2012

A PSICANÁLISE E SUA PRÁTICA


O que faz um analista?
Em torno desta questão, a práxis da psicanálise se sustenta nos três dispositivos inaugurados por Freud e que constituem o tripé da formação em psicanálise: estudo teórico, análise pessoal e supervisão clínica.
O Ato Analítico, seguindo os preceitos freudianos revigorados pelo ensinamento lacaniano, oferece para o ano de 2012 uma proposta de discussão de textos sobre o método da psicanálise e de estudos de casos clínicos.

Temas: entrevistas preliminares, o uso do divã, o início do tratamento e a direção da cura, a escuta e a ética do analista, a prática lacaniana, as intervenções do analista e os efeitos de uma análise.

Destinado a profissionais que exercem a prática clínica em consultórios particulares e/ou em instituições públicas e aos que já iniciaram um percurso de estudo psicanalítico (seminários, cursos, etc)

Datas: 31/03; 19/05; 16/06; 21/07; 18/08; 15/09; 20/10; 17/11 – sábados
Horário: 9h às 12h
Local: Ato Analítico - Clínica e Transmissão de Psicanálise
Inscrição: R$ 30,00 (material incluso)
Mensalidade: R$ 90,00

Os interessados deverão entrar em contato para agendar uma entrevista com as psicanalistas Marta Dalla Torre ou Valéria Codato.
As vagas são limitadas.

Ato Analítico - Marta Dalla Torre e Valéria Codato Antonio Silva
Av Independência, 258 - Centro Médico Suzuki - sala 408
44- 3225.4561 - atoanalitico@gmail.com
www.atoanalitico.blogspot.com

2 de fevereiro de 2012

ESPAÇO PSICANÁLISE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES E SAÚDE MENTAL


Grupo de estudos - Este estudo pretende apresentar a especificidade da pratica clinica com crianças e adolescentes desde a abordagem psicanalítica. A teoria freudiana abriu caminhos na compreensão dos sintomas apresentados nestes tempos estruturantes da vida e, como tal, permite-nos a escuta e a interpretação, não de um distúrbio ou uma disfunção, mas de uma estrutura, de um sujeito que sofre por trás de suas expressões sintomáticas, como as nomeadas hiperatividades e autismo.Vale interrogarmos a que demanda atendem esta proliferação de diagnósticos que aprisionam o sujeito.

Temas-
-O estatuto da criança e adolescente hoje.
-A constituição do sujeito.
-Os sintomas e o diagnostico na infância e adolescência.
- O brincar e o dizer na clinica com crianças.
-A especificidade da clinica com a criança e o adolescente.
-Estudos de caos clínicos.



Publico alvo- profissionais de psicologia, medicina,enfermagem,pedagogia, assistência social e áreas afins; acadêmicos do quinto ano de psicologia.

Encontros quinzenais com datas a definir.

Inscrição -30,00 (material incluso)

Mensalidade -90,00

Coordenação-Marta Dalla Torre

Informações-O44-32254561(deixar recado com nome e telefone)